Historicamente a Capoeira, a praça da República e o 07 de setembro estão ligados intrinsecamente. Já vimos aqui que a Capoeira e a Praça tem a ligação de moradia de escravos, das práticas religiosas e culturais, local também onde enterravam seus mortos.
Com a tomado do poder pelos militares nos anos 60’s, tornaram-se comuns os desfiles militares do sete de setembro, fazendo com que milhares de pessoas prestigiassem o ato. A Capoeira neste período voltava a dar seus primeiros passos fora dos guetos(periferia), em direção as grandes manifestações daquele período. Cirio de Nazaré e praça da República, são grandes exemplos. Na década de 90, essa associação já está a consolidada e já era tradução as mais diferentes rodas de Capoeira nesta data. Todo grupo e Mestre que se prezava nesta época, tinha de fazer rodas, tornando-se uma questão de honra e até coragem. Onde demonstravam seu trabalho, fundamento e cultura para a sociedade paraense(comunidade da Capoeira).
Com as mudanças dos locais em que aconteciam os desfiles, na gestão do Prefeito Edimilson Rodrigues, para a Aldeia Cabana(local idealizado para grandes manifestações culturais), o público ficou dividido e não aceitaram a mudança de local. Acontecendo as rodas nos dois lugares, sendo que os desfiles aconteciam na Aldeia Cabana e as famílias se reunindo na praça da República.
Os resultados dessas duas ações, dividiram as pessoas, enfraquecendo os atos militares. Os grupos de Capoeiras perderam suas relevâncias, fazendo com que progressivamente menos rodas acontecessem.