Em época de capoego, títulos medievais ,bengola e jogo com a bunda pelo chão : corda vermelha? é só um adereço...
Capoeira é Rica. Pobre é o capoeirista.
Mestre não é aquele que conquista pela força, mas pela simplicidade abissal do seu ser. Pode-se perguntar que tipo de capoeira é ensinada, passada ou repassada hoje dentro e fora do Brasil? É
necessário reconhecer que muitos não estão pensando de fato e de direito na nossa belíssima arte, luta, esporte e cultura; mas, somente em seus grupos, instituições, ou umbigo. “Os lobos talvez mudem a pele, mas, jamais a alma” disse o filosofo Erasmo de Rotterdam.
Neste processo grupal egocêntrico e narcisista, muitos estão remando contra a capoeira, pensando somente no seu bolso. Refiro-me ao momento de hoje, nesta contemporaneidade selvagem, onde tudo é muito rápido, sem valor moral, sem tempo, sem essência, sem filosofia de vida, tradições, ou fundamentos. Tudo muito sem sentido, descartável, sem sustentabilidade, um mero bel prazer dos seus interesses particulares de alguns pseudo líderes, comandados somente pelo seu ego. “Capoeira é só pra ganha dinheiro essa é a prioridade” falou uma vez um mestrinho na roda aqui no Brasil, mas, uns nascem para capoeira, outros só estão nela. Uns alunos, outros discípulos, uns estão mestres, outros são mestres, uns entram na capoeira, outros ela escolhe. Uns entram pela porta da frente, outros por debaixo dela, e os medíocres a derrubam. Na nossa arte tem três tipo de “Mestres” aquele que sabe, o que não sabe e o que finge que sabe... A Capoeira é uma arte-luta majestosamente linda, pena que ainda tem muito gente pequena, hipócrita e dissimulada.
O capoeirista moderno defronta-se com vários problemas que ele mesmo criou e recriou, em outras palavras vivendo em uma massa adormecida, passiva que é moldada pela sua única vontade: só querem preencher onde eles sentem seus vazios, angustiados para chegar a algum lugar que nem ele mesmo sabe de fato onde é. Um esvaziamento coletivo. Um egoísmo que faz do capoeirista inimigo do próprio capoeirista. Mas... “Aquele que não sabe aonde quer chegar, qualquer lugar serve” camaradinha. William Shakespeare. Muito capoeirista hoje sofre de uma neurose obsessiva compulsiva uma profunda ansiedade, buscando desesperadamente subsídios pra chegar a professor, contramestre e mestre. Mesmo que, para isso precise constantemente mudar de grupos e de Mestre ou , “mestre”, buscando antecipar o processo de amadurecimento e maturação. Pois acreditamos no Mestre de capoeira como uma fonte de saberes, e isso só se aprende com o tempo, e fazendo um paralelo com o vinho, que quanto mais velho melhor, assim, é, acreditamos seja o Mestre de Capoeira. Pois eles esqueceram que a fruta só dar no tempo, e “se ela é boa ela dar boa semente” . Mas... Não é o titulo ou a corda Branca ou Vermelha ou seja que cor seja, que vai lhe dar, sabedoria e profissionalismo, mas a sua perseverança,dedicação e quilometragem Quem não anda não vê o mar. Tudo tem seu tempo e sua a hora camaradinhas. O que é seu chega com o tempo. Muitos precisam saber que: “A árvore quando está sendo cortada, observa com tristeza que o cabo do machado é de madeira, e que esmola, quando é muita, o santo desconfia”.
Quero resaltar que a consciência tranquila é o melhor remédio contra insônia. “Os tempos primitivos são líricos, os tempos antigos são épicos e os tempos modernos são dramáticos” falou, Victor Hugo. Em um mundo desencantado e de muitas ilusões nesta contemporaneidade, nossos passos tem que ser firme e a nossa casa tem que ser erguida na pedra como muita calmaria para que a tempestade não a leve. A graduação é um momento muito importante na vida do capoeirista, a corda na capoeira tem um significado, um historia e a sua hora certa, não pode ser jogada pra cima, um ôba, ôba, um verdadeiro trem da alegria, não é um comércio ou moeda de troca como muito grupos faz por ai hoje.
A capoeira hoje, tem até títulos medievais, graduações orientais, e a corda branca de Mestre é muitas vezes confundida com a corda crua na roda, a vermelha é professor, contra mestre é mestrando, e o jogo da banguela? Banguela! banguela mesmo, joga-se “angolinha” já o toque da Idalina... esse muitos não sabem e não ta na moda. “Realmente a capoeira estar evoluindo”..meus camaradinhas... “Roupa de homem não dar em menino” disse Mestre Bimba. Penso, que os MESTRES e as entidade representativa oficiais de fato e de direto da capoeira deste País deveriam posiciona-se contra, em relação a essa ridicularização sobre as cordas de “Mestres” no Brasil,estamos assistindo um espetacularização banal da nossa arte-luta. “Andas com o sábio e sábios serás. Andas com o bobo e cedo te abobarás.” É tem muitas gentes dando NOME A QUEM TEM APELIDO.
O problema é grande e muito triste que a capoeira estar passando, vejo que ela estar em crise a muito tempo, mas não podemos deixa-la que o quadro piore e tudo isso torne-se rotina e normalidade dentro das rodas.. “A montanha é grande, mas não consegue tapar o sol”. É tudo por dinheiro agora? Quanto vale uma corda de Mestre? O que mais vale a corda ou o título? Pois no meu tempo aprendi que era preciso: TRABALHO, RESPEITO ,DISCÍPULOS E TEMPO . Vamos busca um antídoto ou remédio com substâncias pesadas para neutralizar este veneno e mata esse vírus que se alastrou pelas rodas de capoeira a fora, pois não é epidemia é pandemia mesmo meus camaradinhas. Um bom Mestre é como uma árvore, se conhece pelos frutos. Pena que tem tantos que “nascem sorrindo, vivem fingindo e morrem mentindo”. Vamos fazer o que o sábio Confúcio salientou:Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha.
Tentei checar a autoria do texto e infelizmente não conseguir.
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